Tuesday, December 29, 2009

Coisas de Putos

Lembro-me de quando era pequeno, ter sido internado de urgência no hospital... Estava doente, muito doente nessa altura... Recordo-me que apesar de nessa altura já ter nas veias um espírito independente. Mas estar tantos dias longe da minha família, e em especial da minha mãe, da minha família, dos meus amigos, fazia-me ficar muito triste e ainda mais doente... Estar fechado dentro de um hospital nos arredores de Lisboa, dava cabo de mim.. Lembro-me então de uma menina que conheci lá... Ela estava num quarto perto do meu, e a pouco e pouco fomo-nos conhecendo. Chamava-se Sílvia. Não nego que a pouco e pouco, à medida que me nos íamos aproximando cada vez mais, comecei a sentir alguma coisa por ela. Contudo havia sempre algo que me perturbava e que me causava uma enorme confusão. Apesar de passarmos tanto tempo juntos, não me conseguia esquecer da minha grande paixão da altura, que tinha deixado lá na escola. Chamava-se Mónica. Nessa altura andava eu no ciclo preparatório, aí no quinto ou sexto ano. Era no sexto. Já tinha passado claramente naquelas semanas mais tempo com Sílvia do que com Mónica, que já conhecia há mais de um ano. Contudo, e apesar das circunstâncias até o terem tornado possível, nunca consegui ultrapassar uma certa fronteira com Sílvia. Lembro-me de uma noite que ficámos acordados a falar até ás tantas... Nessa noite, ela aproximou-se de tal maneira, que me lembro chegar a apetecer beija-la. Bastava fechar os olhos, e deixar acontecer. Mas não. Havia algo na minha cabeça que não deixava isso acontecer, por muita empatia que tivesse com ela. Era Mónica. Era o meu amor platónico por Mónica, aquele amor idealista de paixão à primeira vista, que nos deixa a sonhar com histórias perfeitas... E mesmo longe, mesmo, sabendo que nunca chegaria a ter com Mónica a proximidade que tinha ali naquele momento com Sílvia, que apesar de tudo também já tinha conquistado um cantinho no meu coração, nunca me imaginei a fazer nada com ela, que pudesse por em causa aquela perfeição idealista que eu sonhava ter com Mónica um dia... Depois de ter alta, não quis ficar com uma foto que me ofereceu nem com a sua morada. Apesar dela ser também uma pessoa muito especial, não queria que ela pensasse que entre nós iria haver mais qualquer coisa do que aquela amizade e cumplicidade do momento.. Gostei dela, sim não o nego. Mas era tão diferente da paixão que sentia por Mónica... Era um sentimento construído com o tempo, enquanto que o que sentia por Mónica era algo arrebatador a gigantesco, que sentia desde o primeiro dia em que os meus olhos a tinham encontrado... DE resto não foram muitas as pessoas por quem senti isso até hoje.. Não me lembro de me ter sentido assim quando vi Sílvia da primeira vez, nem da segunda, nem da terceira... Era algo diferente e surgira com o tempo.. Já o que sentia por Mónica permanece inalterado mesmo até hoje quando a recordo, ao fim destes anos todo. Apesar de ter sonhado então com uma relação perfeita, nunca pensei que realmente chegasse a acontecer... Os nossos caminhos separaram-se naturalmente, e nunca mais ouvi falar dela. Já não a vejo desde essa altura. Nem sequer sei se foi recíproco... Mas agora também já não faz nenhum sentido. Só desejo que onde esteja, seja feliz, e que sinta hoje por alguém aquilo que eu um dia senti por ela... Eu por minha vez não me arrependo de nada. Certo é que fiquei sozinho, mas creio ter feito a escolha acertada na altura, e apesar da tentação, permanecer fiel aquilo em que acreditava... Coisas de putos... que depois destes anos todos ainda parecem mais ridículas...

Orlando

Vá, acabou-se a romaria. Já se estragou a bateria, por isso ponham-se todos a andar. Vou ali ter com a Maria, que me disse aqui ao ouvido que é melhor acabar com esta porcaria... Ah, a propósito, aquilo que eu disse... é tudo mentira... Na verdade chamo-me Arlindo Santos e espeto umas petas a meninas distraídas de vez em quando... Se alguma vez acontecesse comigo, já sei como seria... Fingiria que não via... e depois da histeria, nem que te tivesse que dar a volta ao quarteirão... já me dei por culpado, absolvido e regenerado. Já nem me lembro. Já nem falo. Nem pintado.., senão qualquer dia ainda dizem que sou desequilibrado.., e que já não batia há um bom bocado...

Hás de vir a saber

Amo-te...
Por muito que te custe ouvi-lo, acreditá-lo ou sequer aceitá-lo... Não me interessa que não te interesse, não quero saber se me odeias muito ou não, ou sequer se te sou perfeitamente indiferente... Pelo menos para mim será um alívio dizê-lo. Amo-te, e a minha maior satisfação já não é sequer saber se também me amas ou não, ou se algum dia me chegase a amar sequer... É sim, apenas e só saber que o sabes... que eu to disse um dia. Podes até nem saber o meu nome, nem relembrar a minha face, ou ter sequer presente o tom da minha voz... Pode ser até a única notícia que saibas de mim, pode até ser que nunca mais me vejas ou te lembres que existo...
Não quero saber (sim, chama-me egoísta à vontade) se isto vai causar abalos aí no teu pequenino mundo (elitista e muralhado), onde tens tudo organizadinho e seccionado em gavetas bem arrumadinhas... Onde tens todos os nomes medidos, classificados e agrupadinhos por ordem... Não me interessa se não caibo, não me interessa que não haja tempo nem espaço... Estou-me a foder... A minha vontade era que entrasse por aí adentro como um furacão Ivan... Podias até trancar todas as portas e janelas, tomar todas as precauções de segurança... e não sofrer nada com isso. Podia até nem te afectar minimamente, e nem dares por ele... Mas pelo menos sabes que ele passou por aí e isso não podes negar. Amo-te. Posso ser um merdas, um egoísta como me chamas, e um filho da puta que não vale nada e não tem onde cair morto... um drogado vadio de merda, orgulhoso, sujo roto e mal encarado... sem tostão nem razão nem consideração de ninguém... Que te traíu, se redimiu, e se saíu... Será que te traí? Será mesmo que alguma vez te menti? Será mesmo que alguma vez fui cruel para ti, de forma premeditada? Será que tive a culpa de me deixar levar em esquemas bem engendrados, executados, sistematizados... Alguma vez procurei alguém??? Será que te cheguei mesmo a traír? Magoar talvez, mas nunca te traí nem te menti, nem te pedi, nem engendrei, nem te pedi coisa nenhuma.. Apenas te perdi... Fosse por ti, fosse por mim, fosse por me ter deixado levar... pelo ar, que soprava mesmo direito à cara... Mesmo assim, alguma vez me esqueci de ti? Alguma vez te troquei, te resisti... nunca pus à frente de ti... Cheguei lá sempre para o lado. Nunca dei um passo em falso. Nunca. Nunca fiz nada que me comprometesse, que não me deixasse voltar atrás. Nunca pisei a linha. Nunca. Mesmo quando desapareceste meses e meses, e me deixaste lá sozinho, para arranjar dinheiro para comprares um carro, um avião ou não sei o qê... Esperei... Meses e meses. Podes-me acusar de ser orgulhoso, calculista, racional, temperamental, infantil, por vezes mesmo escabroso e amistoso em demasia, é certo. Posso-te ter feito sofrer, por vezes, posso até ter-me deixado levar nas brincadeiras, ciumeiras na altura que mais te estavas a cagar. Mas lá tinhas sempre a merda do cursozinhos, dos cargos e dos arranjinhos e das reuniões e do caralho do protocolo para te ocupar... E do trabalho. Foda-se lá mais ao teu trabalho.. Nunca te preocupaste um cú... Mesmo quando me tentava aproximar... Davas-me para trás e chamavas-me bruto.. Posso-te dar boleia? NÃO!!! Vai de retro satanás!!! Se não fosse por intermédio, nunca tinha sequer provado aquele leite quente que me preparaste lá naquela manhã. Naquela manhã em que mesmo quando andava mais confuso e tapadinho, e encostado ao cantinho, fui capaz de esquecer que eras a única pessoa realmente consciente, a única que me fascinava realmente a mente... Mas não... Livros e tachos, e ver uns borrachos e comer uns pistachos com o menino bonito aos almoços e lanches e pistachos e tachos e saídas e cinemas e copos e viajens, e festas e o caralho.. Fodasse comam-se de uma vez por todas, vão à merda e à lua, e à casa tua a ver se eu me importo. Estou-me a cagar!!! Preocupava-me demais. Sei bem que tens os teus planos calculadinhos ao pormenor do segundo para os próximos 100 anos... E deixa lá que também nunca pensei outra coisa, nem nunca esperei revoluções de uma tecnocrata... Ah e chamaste-me interesseiro, lembras-te? Interesseiro mas é o caralho... Só fiz aquela merda para me meter tipo cordeiro, naquele rebanho de merda. Nunca trabalhei um caralho, nunca fiz um cú... Mas sempre em cima do joelho, se aparecesse um ortelho era capaz de o curar.. sempre com boa disposição a rir e a saltar... eras tu naquela altura, em que eu deixei de acreditar.., que tinhas de me salvar... em vez de me colar um emblema na testa pateta contente que vamos aqui tendo entre a gente... Não era com folhas, nem com serviços nem com rabiscos nem com sorrisos... Era com palavras, com beijos, com paleios brejeiros de quem sente saudade, não vás embora que és a minha vontade... Se calhar nunca fui, nunca sequer fui hipótese, e tudo não chegou a passar de um mal percebido, que eu por ser um vendido, e um bandido, e pirata informático com um midle-name fudido, provoquei. Caguei. Agora pelo menos hás-de saber que te amei. Mesmo que não te convenha. Como te vou dizer é que ainda não sei...

Silence

The Punishment

I hope god is happy now. I know i didn't desearved much more, but at least i've been true to myself, when i said that i realy regreted my actions, in the last few years. If i really had been faithfull to to the principls that i true believed back then, i wouldnt have messed things around. But i didn't need a priest to say that to me, because i have heard it a lot in the last few months. If it wasn't for my bad attitude, mabe my life would be so much better now. But i already knew all that. Didn't need no one to telling me that, just for the sadic pleasure of waching me suffer. I never believed in god, nor even i am a catholic person. So, yeasterday i was passing by trough a church , when a priest came near me. First he said hello, and was very gentle. I told him right away that i didn't believed in god or in curch. In one thing i agreed with him, after a samll discussion. One must always be faithfull to him self, trying always to reach a little closer to perfection. After a while, i told him i had done many things that i regreted, and that i've already paid for... Even though, he tryed to convince me to speak about that in a more specific way, and i agreed with him, even though i was already late. I was in a rush, because I had my my drivers licence test Thursday, and i needed to practise some more exercises. Even though i told him a few things, and i felt better. Not in the tradicional confessional type, but in a friendly chat. I told him i felt terribly bad for something i had done in my past, even though, i believed that i already had been punished for that. He agree with me, and said that i had offended god in so malefic ways, that i should ask for a real redemption, in a traditional confession. He also said that if i didn't confessed myself, i would never be forgiven by the Holly spirit, and would be miserable forever... He also told me that he had an idea to help me solve my problems. So i went there the next day, as we had arranged.
After entering the church, the priest yelled at me to get out imediatly, in a very rude way. I did't understood at first, but then i thought that was because i was speaking too loud, and in a informal way. In fact there was other persons in the church, that is true. But i haven't been inside one for so long, that i completly forgot that. Enven though i tried to explained him, that we had arranged a small talk for that day. After all he remembered who i was. But no. He just stood staring at me, telling me to get out. "And what about that little conversation, that we were suposed to have?", i asked him. "There is nothing to talk about. I've been with good, and he told me that your sins are to serious to be forgiven, and you don't deserv an absolution. So, you will carry that cross till the end of your days, because you are a very bad person. You will be miserable. Get out!". At first i didnt took that to serious, even though i really wanted to know his opinion about that problem, and to listen to his advice, or even solution has he said he'd got. And by that time, I hardly knew that his attitude of indifference could cause me so much pain and suffering. So, I came home thinking about that, and I had that toughts in my mind trough the hole night. I couldn't eat, coud't study, and coudn't close my eyes at all. That problem that i wanted to talk about, became even more terrifying to me... And news is that i've failed the license test. I still don't believe in god, and in priests, but i start to believe that there is a punishment waiting for us, right around the corner...

Então

Eu estava a brincar...

Não era para levares à letra...

Fogo, isso é receio, confusão, ou estás-te simplesmente nas tintas?

Hum, acho que há aí outros personagens pelo meio...

Mas fala, rapariga...



Então?

Speak To Me

The Whores Hustle And The Hustlers Whore Lyrics
Artist(Band):P.J. Harvey


Speak to me of
Universal laws
The whores hustle and the hustlers whore
All around me
People bleed
Speak to me
Your song of greed

Speak to me
Of you inner charm
Of how you'll keep me
Safe from harm
I don't think so
I don't see
Speak to me
Of your inner peace

Little people
At the amusement park
City people
In the dark
Speak to us
Send us a sign
Just give us something
To keep us trying

The whores hustle and the hustlers whore
Too many people out of love
The whores hustle and the hustlers whore
The city's ripped right to the core

Speak to me
Of heroin and speed
Genocide and suicide
Of syphilis and greed
Speak to me
The language of love
The language of violence
The language of the heart

This isn't the first time
I've asked for money or love
Heaven and earth
Don't ever mean enough
Speak to me
Of heroin and speed
Just give me something
I can believe

The whores hustle and the hustlers whore
Too many people out of love
The whores hustle and the hustlers whore
The city's ripped right to the core

That´s It

That´s it..!
I have reach my conclusions,
while i was finishing my tasks.
I was over reacting a little bit,
So let me put this straight now:

Truth is that
I'm just happy to have found you,
cause i really needed to reach you
and i haven't got the slightest clue
how to do it...

And even though
this has happened in this very peculiar way
it gave me the possibility
to explained you a lot of things
that i had stucked deep down in my memory
for a quite long time, now...

And so, for me it was a very positive thing to happen,
even if it it dies like this.
(if it had reborned at all)
And at least we had a chance to comunicate
after so much time without seeing each other.

So, i'm not asking you
to turn absolutely nothing in your life.
Just because I one night
decided to show up in your computer.
All i ask is that you clear up some things for me
trough this strange intercomunicator
buy just if you feel like to.
And then, i dont know...

One thing you can know for sure...
I realy missed you,
since i left that day
and lost all the chances
to keep seeing you...

If we could meet one day,
and go out for a conversation,
that would be certanly very nice...
But just that...
And dont worry.
If your wish
is to stop with the insanity,
Lets forget this night
And everything will be as ever since

Apanhados

Isto não é para os apanhados, pois não..?
Será que alguém estará farto de se rir com este episódio..?
Ahhh não... Estou a enlouquecer de vez...
Na netr não há câmaras...
E não deve haver ninguém assim tão demente...
Eu é que sou doente...
Preciso de ir dormir...
Espera..
Será que vou conseguir dormir assim?
Claro...
I just need to STOP THINKING SO MUCH!!!

Apanhado sou eu...

Já Pensaste um Dia Se...

E se tudo isto fosse um grande mal entendido..?

Hei

Can I sleep like this?
I thing this time is for real...
I mean...
I'm a little scared, i must confess...
Only from the first time together..
Can you get the picture??
- Hei...
- Hei...
- So..?
- So...

I just had an idea!!!
I'll tell you later...

Why am i thinking so much???
Even though, it would be nice for us to have a little conversation...

Coincidências

E logo eu que sou bastante céptico e que não acredito em milagres… Começo seriamente a acreditar em coincidências. E isto é quase surreal! Vinha a este enorme oceano, quase diariamente numa santa fé à tua procura, já vai fazer quase um ano. E.., para ser sincero, nunca acreditei que fosse possível Começava por ir buscar aquela data de ruptura, que nos separou definitivamente. Mas não encontrava pistas nenhumas, e pensei de resto que te tivesse sido indiferente. Também nem sabia se escreverias. Mas isso tinha quase como certo.., por intuição. Cheguei muitas vezes a achar que estava a ficar maluquinho... Foi por aí, que me começou a bater com mais força… Vi-me apertado, e deixei de fumar. Foi pior. A partir daí caiu-me o mundo em cima, e principalmente o passado... Corroía-me o pensamento, com remorsos e pensamentos… Comecei a flipar da cabeça. Fiquei obcecado com o projecto da nova loja, que de resto ia de mal a pior, e tentei salvá-lo, abstraindo-me de tudo. Mas dava por mim a pensar em tudo menos nisso. O que me custava era deixar morrer um sentimento, sem nunca chegar a saber nada do outro lado… Depois pensei melhor, e lá fui tentar uma reaproximação. Mas baldei-me de tal maneira, que saiu furado dos dois lados… E pelo meio, enquanto lá estive, também me pareceu que não ia ser nada fácil, o objectivo principal. Pensei que tudo estivesse já mais calmo, mas não estava. Contas feitas, lá engoli o sapo , e consegui salvar o principal, mas que ainda não está salvo de todo… Muito pelo contrário. O que me lembra, tenho de fazer qualquer coisa, senão arruíno a minha vida mesmo de vez… Mas agora já tudo parece diferente...

Apontava mentalmente aqueles raros diazitos em que te via, por lá ou por aí na rua, e depois ia por aí, à procura de uma referência escrita. Era tipo procurar agulha em palheiro… Lá tinha uma listagem de possíveis casas, e nessa lista surgia essa aí. Embora no princípio, pensei que fosse de outra, e que por aí chegaria até ti. A maior parte das vezes caía na realidade. Impossível. Marias, há muitas. E o mundo é gigantesco. Achava isto tudo uma demência. Não contava a ninguém, que punha sequer tal hipótese. Mesmo assim, havia traços desde o principio, que me levavam a pôr a tua hipótese. Ah, e temos de falar disso um dia. Mas mesmo assim, nunca acreditei que a agulha aparecesse, de facto… Fosse como fosse, depois aqueles dois últimos reencontros tinha metido na cabeça que teria que falar contigo, um dia... Especialmente aquela noite em que passaste por mim, na esquina do Rossio… Nesse dia nem conseguia olhar para ti… Paranóias. Vergonha, principalmente. Achava que me tinha exposto aqui de tal forma, que alguém por lá já me tivesse topado há séculos, e que tu também soubesses… Para ser franco, ainda penso assim. Será isto uma brincadeira? Por causa desses filmes, nem te conseguia olhar, quanto mais ir falar contigo. E depois ainda havia aquele outro, o amigo inseparável. Já na altura, morria de ciúmes... Pensei que nunca iria conseguir encontrar-te sozinha. Pensei também que… Nada esquece. Isso não é da minha conta sequer. O importante é que depois daquele dia na esquina, embora não parecesse, fiquei fulminado com aquele olhar… Tocou-me mesmo lá no fundo. Reincendiou-me naquele momento, e fez ruir aquele mundozinho de suposições em que me tinha escondido. E eu que pensava que até andava a melhorar, e que já me tinha resignado… Naqueles pseudo-diálogos, a razão da doença eras tu... Epá, não consegui tirar aquele olhar da cabeça.. As férias todas, com aquela imagem, sempre na cabeça.. Lembrava-me aquela dos primeiros dias em que te vi. O do primeiro dia em que te olhei mesmo nos olhos… Antes das nossas primeiras palestras... Já passaram anos... Posso parecer ridículo, mas ainda me lembro como se fosse hoje. Tinhas o cabelo comprido, nessa altura. E ia jurar que tinas uma camisola cinzenta, ou coisa assim. Pareço ridículo, mas lembro-me de ter pensado então, porque razão estava uma gaja linda a olhar para um tipo como eu… Pareço não… Sou ridículo. E pior, não tinhas mesmo razões para olhar... Parecia-me amor á primeira vista, se é que tal coisa existiria. Pelo menos, da minha parte. O da esquina também me apareceu assim... Mas ainda mais nítido. Reavivou-me todas essas memórias, aquele momento em que olhaste… E, apesar da dose de serotonina que me injectaste no cérebro, lembro-me de ter ficado novamente a pensar.. “porque razão ainda olha aquela gaja para mim?”… Será que...

Não sei porquê, mesmo depois daquelas que iam e vinham, reaparecias sempre tu na memória... Aparecias-me assim vinda do nada, em sonhos… Sei lá porquê… Muitos deles descrevia-los aqui. Depois um dia.., por pensar que já era mais do que óbvio que me tinham topado, depois de me cruzar com um bando deles, fiz um delete e apaguei esta merda toda. Fiquei triste porque podia ao menos ter feito uma cópia para mim. Gostava que os tivesses lido. Também de resto, pensava que não iria valer de nada… Se calhar já me tinhas topado, há séculos… E eu que até sou tão discreto.. Or not… Ah, voltando a um ponto crítico. Uma das razões que me levou a desaparecer, foi pensar que já estavas perdida. Para aquele outro. Mesmo assim, não sei se não estarás. Não sei por quem, nem sequer me dirá respeito. E se estiveres, espero que continues… Espero que faças o que achares por bem... Eu também não sou exemplo para ninguém. Apesar de que cheguei a um ponto, em que me fartei de tudo… E de todos. E depois isolava-me, queria ficar sozinho, longe de tudo, e desistir... Mas aparecias-me tu. Sabe-se lá como... Tudo o resto evaporava-se em pouco tempo, e no final ficavas apenas tu. Não por desespero, como dizes, ou por não ter mais ninguém. Simplesmente porque sempre lá estiveste, e nas camadas mais fundas, mais sedimentadas. E o meu subconsciente elegia-te, vá-se lá saber porquê… E tu sabes. Já o resto do corpo, por vezes transformava-me num anormal, sujeito aos desvios do vento. Mas acho que nunca te consegui esquecer, e acho que sempre o soubeste… Mas nunca acreditei de facto em algo mais, apesar de o ter desejado tanto... Por falta de auto-estima, por não me conseguir imaginar a romper aquela rotina. Acho que precisava mesmo de tirar umas férias... O que parecia mais fácil, parece sempre mais provável. Oh gaja, só eu sei… Eu e os poucos que me aturavam, quando estava perdido de bêbado… "Ouve lá, quem é a fulana X?" Isto é mesmo surreal… Tudo.. Esta história toda... Depois tenho de apagar isto, está demasiado evidente. Apetecível mesmo, para tablóides sensacionalistas… Olha. Mas não te preocupes com nada... Não penses muito.... Não vamos fazer nada... De resto, nem sei o que faria.. Quer dizer... Mais ou menos... Sinto-me bem... Estou feliz. Nem sabes o peso que me sai da consciência… Isto seria um pesadelo que carregaria por muito tempo comigo, sem poder partilha-lo com ninguém que me compreendesse... Para teres uma ideia.., acredites ou não, passei todas as noites à procura de ti, pelos sítios onde te encontrei das últimas vezes. Contava os dias, tentando adivinhar quando voltarias... Isto é, se alguma vez voltares cá... E de resto lixei-me fortemente, porque não consegui fazer mais nada…

E mesmo agora, quando releio aquilo, ainda fico com dúvidas que és mesmo tu, e que aquilo será dirigido a mim, e não a outra pessoa qualquer que julgues estar aqui. Por via das dúvidas, estão lá os meus dois do meio. E ainda bem, que aquela lotaria que fiz do teu, me saiu furada.. Foi mesmo sem querer... As coincidências são mesmo uma coisa engraçada... De outra forma, nunca o saberia... E aqui entre nós... Acho que já corri os perfis do país inteiro, á tua procura... Daquele dia que lá estive, não o consegui relembrar... Fiquei mesmo lixado por não o ter apontado. Não digas a ninguém. Epá, e aquilo que disseste era mesmo para mim? Bolas, ainda me custa a acreditar... Fogo, será que sou mesmo otário, e o cúmulo da desauto-estima, ou tu eras, e és, uma excelente actriz? Não terás tu feito uma confusão com nomes? O mundo é assim de facto tão pequeno? Se é mesmo, ainda o sentes? Ou será tarde demais? Que cena marada.. E agora?

The Day After

Naaaa....
That was before....

"Noooo more Sanity!!!"
I love you for that spirit...
Without you,
this would always be just meaningless words....

My world is now comletely up side down,
but in a very beautiful way...

Damn, do i like to be a complete foul..?
Yeeees, I looove it..!

Oh sheat... What about now on?
Dont worry girl... We'll think of something...

Let's keep it secret, in the mean while.
Ohhhh no!!! But how can i have work
and concentrate, in a day like this?

Hei!!! Relax...
This is just me...
Dont worry too much about this crazy idea...
You're still free to think that I'm an alien
whith supernatural powers.
That this was just a dream...

I'm serious...
This must weard for you, i guess...
Even for me...

Of course it is...
I've seen some strange things happening,
but this one is realy... Unusual??

No, i am not scared...
Well, only in the first time we see each...
Ohhh dam it...
This is really getting into me...

Are you prepared for this?

I think this time i'll go crazy for sure...
The question is... Alone, or..?
Ohhhh, come on, relax..
The problem is, i think too much..!

We are both nutcases...
No one in the world
would ever believe this story...

Your crazyer than me...

You're very special.

I really like you, girl...

(Eh, eh...)

Um segundo

És linda... És interessante... Gosto de ti.. Se me dissesses para ir, não hesitaria um segundo. Sei que seria feliz. Nos segundos que durasse... E tu? Serias? E eu? Seria? Sim. Porquê? Porque não? Porquê se pensa tanto o amanhã? Se não seríamos, poderíamos deixar o ser? Claro. Quando quiséssemos No mesmo segundo. Então porque estamos sozinhos tantos e tantas horas? Quando poderíamos começar e acabar tantas vidas num segundo?

Encontro via blog

Gostava tanto de te poder dizer aparece na esquina... agora... já...

Um beijo

- Ás vezes dou por mim a imaginar como seria beijá-la, veja lá bem...

- Hum... Acho que este método não está a resultar...

Nota do Autor: Repostagens 2004 (continuação)

Este blog foi criado para repostar alguns textos que consegui salvar do blog inicial, daqueles que tinha guardado em word, e que escaparam à fúria do delete blog. Como este trabalho de repostagem não ficou completo, e o disco onde estão armazenados está prestes a brekar, decidi hoje, nesta noite deprimente do final de 2009, repostar o que ainda há por aqui. Mais uma vez repito, e que fique bem claro, todos estes textos são anteriores a 2004.